Pode parecer brincadeira. Mas o futebol do Rubro-Negro contou com a ajuda de um fundador e de um treinador galista para ressurgir. A rivalidade só surgiria depois disto.
E eis que, de repente, a Raposa finalmente
apareceu. O futebol ressurgiu. Floresceu no ambiente Rubro-Negro. E
curiosamente com a ajuda de dois homens intrinsecamente ligados ao
Treze. O ano era 1954. O dia exato, 12 de março, faltando
exatamente um mês para o aniversário de 49 anos do clube. O
Campinense, assim, pouco a pouco tomava a forma de Raposa (o
mascote só surge oficialmente com a adesão definitiva do clube ao mundo dos
esportes e anos depois com o fortalecimento do futebol).
Algumas
das primeiras flâmulas do Centro Esportivo Campinense Clube, o braço
esportivo do Campinense (Foto: Acervo / Lamir Motta)
Era uma época em que o futuro rival Treze, apesar
de mais novo enquanto instituição, já era uma realidade no
futebol. E isto serviu de incentivo para o Campinense também
fortalecer seu departamento esportivo. Foi assim, em meio a este
cenário, que alguns associados, liderados pelo médico Gilvan
Barbosa, fundam o Centro Esportivo Campinense Clube (CECC).
Antes de ser um clube novo, como algumas pessoas
dizem erroneamente, o CECC era um apêndice esportivo do clube
social, idealizado, montado e colocado na ativa com a participação
de muitos dos antigos sócios. Além disto, a ideia central era
incentivar a prática esportiva de um modo geral, sem investir
exclusivamente em futebol, mas também em basquete, vôlei, tênis e
tênis de mesa.
Sobre a primeira formação da equipe rubro-negra,
uma ironia que só o destino é capaz de apresentar: um dos mais
importantes nomes da história do Treze aparece como um dos
personagens principais desta história.
Foi Antônio Fernandes Bióca, um dos 13
fundadores do Alvinegro de São José, precursor do futebol na
Paraíba, quem ajudou Gilvan Barbosa a formar o primeiro time amador
do Campinense.
O trezeano convidou jogadores que estariam sem
oportunidades no Galo para integrar a equipe preta e vermelha. A
versão é do historiador Mario Vinicius Carneiro, a quem Bióca
concedeu o que muito provavelmente foi sua última entrevista antes
de morrer, em 1996.
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